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Fibras de bananeira (em primeiro plano), cipó à esquerda e côco à direita |
Muitas pessoas me perguntam como se faz papel artesanal. Se é só picar o papel e triturá-lo no liquidificador com água. Não é bem assim tão simples. Isto é só o começo.
Para fazer papel artesanal, a gente inicia na idealização da textura. O tipo que servirá a uma determinada aplicação em alguns dos produtos de nossa linha. Para isso, tenho que pensar inicialmente na polpa, qual o papel que irei reciclar, que tipo de fibra vou usar, e eventualmente qual flocagem quero usar (casca de cebolas, flores, cipó, etc).
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Cascas de cebolas e alhos |
Basicamente uso caule de bananeira, sisal, piteira (agave) ou coroa de abacaxi; individualmente, um mix de duas ou três, ou todas juntas. Depende da disponibilidade da época, da safra ou do estoque. Como tudo isso vem de sobras (resíduos), aproveito o que tenho disponível e utilizo na produção do papel.
Quase ao final da preparação da polpa, coloco as flocagens - flores, cascas de cebolas roxas, brancas e amarelas, alhos roxos e brancos - usando individualmete ou misturando-as.
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Flores de boungaville |
Entre as flores, normalmente uso a Bouganville (Primavera), marcelinha-do-campo (que deixa um aroma impregnado no papel, por vários meses), guapuruvu, quaresmeira, sibipiruna, jacarandá-mimoso e outras flores de pétalas finas.
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Flor da quaresmeira |
Assim, nasce o papel artesanal!